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Vivo no passado com o olhar no presente.

Nunca sentiram que por mais esforço que façam para que algo corra bem, nunca é suficiente? 

Nunca depende inteiramente de nós! 
Podemos dar tudo o que temos e, mesmo assim, ficar aquém do que esperam de nós!
Não basta uma troca de olhares para saberes as palavras que gostarias de dizer e ouvir, já não basta.
Não basta um abraço para sentires que tens apoio, já não basta.
Não basta dizer,

- És tão bonita!
 
Esperas sempre ouvir, 

- És linda! És maravilhosa!

Já bastou, mas hoje, já não basta!
E como me bastava quando dizias,

- Gosto de ti!

Eu sabia que era real, que gostavas, não importava saber se adoravas e amavas, mas gostavas.

Hoje, já não sou assim, em parte porque saltam pequenos passos que são de uma importância extraordinária.

- Adoro-te! Amo-te!

Com que regularidade ouvimos nós essas palavras? 
Serão verdadeiramente sentidas? 
O que nos leva a crer que não são apenas palavras, pronunciadas sem qualquer valor?
Não é que não goste de ouvir, adoro, mas adoro ainda mais ter a certeza do que digo e ouço.
Por vezes quando olho para ti, ainda sinto aquele arrepio que lentamente percorre o meu corpo, e espero que sintas o mesmo.
Sou tão simples que não me enquadro nesta sociedade de amor desvalorizado.
Para mim todo o pouco de ti que seja real, basta. 
Não preciso de prendas, basta dar-te a mão e sentir que naquele momento estás ali inteiramente comigo e que é real.
É querer demais que tudo volte a ser como antes?

É um apenas,

-Gosto de ti!



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Rosas & espinhos.

Cheguei a certo ponto da minha vida, em que olho para trás e me sinto incompleta, tantos momentos de felicidade e no entanto, quase que sendo ingrata, apenas dou importância aos que me senti miserável.
Sufocada pela saudade, desejo e vontade de fazer mais e melhor, pelo arrependimento que corrói todo o pouco que resta da minha estabilidade emocional neste momento, pelas memórias de momentos em que fui feliz e que com a velocidade de uma estrela cadente que rasga o céu deixando o rasto brilhante, se revoltaram e me deixaram cair.
Não importa a quantidade de vezes que possa cair e que de seguida me levante, haverá sempre, hoje ou amanhã, outra pequena pedra escondida entre lindas rosas vermelhas. Sentido o seu perfume, a beleza de todo um mundo de natureza, em que sou apenas eu, feliz, rodopio entre as rosas, até que, tropeço e caio numa falésia imensa, e quando olho para cima, para me assegurar que as rosas continuam vermelhas e perfumadas, noto que todas elas, murcharam.
É ingrato, ou talvez seja apenas a minha mentalidade que funcione desta modo, mas quando caímos, nunca é apenas uma queda, há sempre arranhões e feridas por sarar, e toda uma etapa de recuperação, que não sendo excepção tem recaídas, por vezes mais dolorosas que a própria queda.
É ao ver, as rosas vermelhas, uma por uma, a perderem a sua cor, o seu perfume, a sua beleza, e morrerem que, o mundo desaba, que nada me parece certo.
Tenho vontade de fazer do mundo um globo de neve, e agitá-lo, po-lo de pernas para o ar, de dar tamanha reviravolta a esta civilização, a esta sociedade, a estas preces de falsas esperanças e começar de novo, sem futilidades e aí talvez colocá-lo em piso estável.
Querer mudar o mundo, querer mudar de vida, querer ser e ter melhor, querer ser feliz, querer viver cada dia como sendo o primeiro dia e não o último.
Não quero viver uma despedida, quero viver uma saudação porque amanhã será um novo primeiro dia.
Porque parar de querer e sonhar é desistir da vida, e eu, independentemente de todos estes espinhos, não desisto sem dar luta.
                                                                                                                                   Ana Sofia Estevam



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